As escrituras

O que os Apóstolos ensinavam?

Após a ressurreição, os Apóstolos sabiam o que era para ser ensinado ao povo judeu, mas não era possível estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

O ensinamento oral era predominante, bem poucos sabiam ler, e mesmo para os alfabetizados era difícil interpretar aquilo que era lido, além do fato de que as pessoas não tinham rolos da Torá em casa. Tudo isso aumentava a importância do papel dos Rabinos nos estudos.

Em relação aos assuntos contidos no Tanakh, existiam escrituras que poderiam ser consultadas, mas quanto aos ensinamentos de Yeshua HaMashia, eram os Apóstolos quem os transmitiam verbalmente.

Acredita-se que a Carta de Jacó é o documento mais antigo da B'rit Chadashá. Trata-se de uma carta que levou os ensinamentos de Yeshua para os judeus da HaDerech que sofriam com a imaturidade espiritual. Seu principal foco era mostrar as características de uma vida netsarim madura e equilibrada.

Mateus foi o único Apóstolo a escrever um livro das Boas Novas para os judeus, originalmente escrito em hebraico, foi traduzido ao grego e inserido na B'rit Chadashá com o nome de o Evangelho de Mateus.

De uma importância imensurável, escrito por volta de 40 e 75 d.C., o livro de Mateus foi o único usado por todas as seitas judaicas crentes em Yeshua, sua distribuição foi grande e chegou a ser chamado de Evangelho dos Hebreus e Evangelho dos Netsarim. Também é o único evangelho que tem sua larga distribuição historicamente comprovada.

O segundo livro mais importante das Boas Novas foi do Apóstolo João, escrito para a comunidade dos gentios na Ásia Menor em Éfeso, por volta de 90 e 110 d.C..
Na realidade, foi redigido por Natan que seguia rigorosamente as orientações do Apóstolo. Muitos acreditam que o texto que temos acesso hoje, não é o texto original, alguns defendem que ele foi editado mais de uma vez e outros dizem que verdadeiramente João não é o autor.

Os evangelhos de Marcos e Lucas, possivelmente foram escritos entre 64 e 80 d.C., e seus autores não eram Apóstolos.

Muitos outros livros foram surgindo até que se fez necessária a formação de um cânone, que demorou por volta de 250 anos para ser concretizada.

A princípio, os líderes das congregações publicavam listas de livros que acreditavam serem inspirados e autoritativos. O mais antigo documento encontrado, que continha uma destas listas, é de 170 d.C. e é chamado de "Fragmento Muratoriano".
Por volta de 397 d.C., o Terceiro Concílio de Cartago canonizou a lista com 27 livros que constavam na "Carta Oriental" de Atanásio, bispo de Alexandria, oficializando a B'rit Chadashá.


As diversas escrituras

Tanakh

A Tanakh é um livro sagrado onde os segredos Divinos mais sublimes assumem uma roupagem de narrativa histórica a fim de permitir-nos aprendê-los.original.

É uma obra santa e sagrada, mas não é psicografada. Líderes religiosos atribuem uma autoria mística para conseguirem embutir seus princípios pessoais nas entrelinhas do texto sagrado.

Compilada pelos homens da Grande Assembleia[cntx], tornou-se um Livro Sagrado por volta de 400 a.C., e não recebeu nenhuma modificação até os dias de hoje.
O restante dos livros da Tanakh foram acrescentados e canonizados aos poucos: os Nevi'im por volta de 200 a.C., e os Ketuvim 100 d.C..

Seu nome vem do acrônimo das divisões do texto massorético: ToráEnsinamentos, Nevi'imProfetas e KetuvimEscritos. É uma coleção de 24 livros, sendo que 22 foram compostos em Hebraico Bíblico, e os outros dois estão em Aramaico Bíblico.

Sefer Matitiyahu

Único livro comprovadamente escrito por um dos Apóstolos, é um importantíssimo documento a ser preservado pela humanidade, apesar de ser muito criticado pelos judeus que não acreditam no Messias.

São inúmeros os fatores que levaram Matitiyahu achar importante que seu Mestre fosse o Messias das Escrituras, a todo momento tenta provar isso citando passagens descontextualizadas da Tanakh[ndr].

Ele não sabia que os ensinamentos, os milagres, a sua morte e ressureição, iriam ser provas mais que suficientes da Divindade de Yeshua. Ser ou não aceito como Messias, principalmente pelos fariseus[ndr], não faz a menor diferença, pois, muito superior a isso, verdadeiramente Yeshua é o Filho amado, em quem יהוה se agrada.

Carta de Jacó

Escrita para os judeus nazarenos, é literalmente uma explicação dos ensinamentos de Yeshua. Com uma linguagem direta e clara, dirige-se não só aos judeus, mas também à toda comunidade HaDerech.

Didaquê

É um documento judaico-messiânico baseado em diversas fontes orais, que foram compiladas na Palestina, ou na Síria, entre 60 e 90 d.C..

Sua função era ensinar as tradições HaDerech para as comunidades de estrangeiros que acreditavam em Yeshua HaMashia e eram "tementes a Deus".

Infelizmente temos acesso apenas aos originais em grego, por isso, em uma leitura mais cuidadosa, fica evidente a contaminação feita pelos seguidores da Opositora Trindade. Mesmo assim vale a leitura, principalmente dos capítulos de 1 ao 6.

B'rit Chadashá

Infelizmente deve ser usada com muita cautela e atenção, já que nenhum dos 12 Apóstolos fizeram parte da sua canonização, nem ao menos tiveram conhecimento do conteúdo da maioria dos seus livros.

É difícil afirmar quais livros foram contaminados pelos seguidores da Opositora Trindade, e quais foram escritos por aqueles que distorceram os difíceis ensinamentos de Paulo, o Evangelista.

Em uma leitura mais cautelosa, fica evidente a mistura dos ensinamentos Divinos com os de culturas pagãs.

É importante frisar que os verdadeiros ensinamentos de Yeshua não contradizem, e também não se sobrepõem, aos da Torá, pois tanto o Messias, quanto seus Apóstolos, seguiam e ensinavam apenas o que existia na Tanakh.

Bíblia Sagrada

É a junção dos textos gregos do Antigo Testamento e do Novo Testamento.

No caso do Antigo Testamento, uma nova divisão, outra quantidade de livros, algumas diferenças textuais e traduções tendenciosas afetaram pontualmente seus ensinamentos, mas foi mantida a mensagem global dos textos em que foi baseada.


As diversas leituras

A mensagem das Escrituras Sagradas pode ser interpretada de três maneiras diferentes:

Com os olhos dos líderes religiosos:
Ela diz o que eles precisam que ela diga para provar suas ideias e teorias, mesmo que tortas.

Com os olhos dos sábios e teólogos:
Ela diz o que eles acham que diz, sem se importar com a verdadeira mensagem.

Com os olhos dos estudiosos e exegetas:
Ela diz o que realmente dizia ao povo das culturas e épocas para quem foram escritas.


O Caminho

O Caminho Divino não pode ser encontrado em Mega Eventos promovidos por celebridades das mais diversas etnias, ou em espetáculos de curandeirismo e exorcismo, ou em palestras encantadoras que misturam mentiras com trechos das Escrituras Sagradas.

O Caminho é difícil e árduo, pois o Reino de Deus só é alcançado depois de muito estudo, oração e jejum. Depois de se conhecer a dor de não poder mudar o passado, e depois de aprender como é difícil mudar de atitude no presente.

Os justos que estão no Caminho, se assemelham aos seguidores da HaDerech do primeiro século: têm como alicerce de seus conhecimentos, fé e conduta, apenas a Tanakh, o Didaquê, a Carta de Jacó, os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João.

O que passa disso é confusão.

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